Ela está certa, aliás certíssima!
Só queria deixar aqui expresso a minha admiração por esta mulher, que nunca se conformou, que não se acomodou, e sobretudo não aceitou o que os outros quiseram impor como limites para ela. A atitude dela de se recusar a ser carregada só reflete a sua postura diante da vida! Por essas e outras que a admiro cada vez mais!
Diante das dificuldades físicas e atitudinais acabamos nos calando, aceitando.... e o grito fica preso na garganta.... Não, mil vezes não! Vamos continuar gritando, continuar lutando, e não desistir nunca!
Carol Fomin
Veja a reportagem que saiu no portal de notícias da GLOBO G1
Deputada cadeirante tem problemas para desembarcar de avião em SP
Mara Gabrilli (PSDB-SP) afirma ter esperado duas horas para desembarcar.
Ela se recusou a ser carregada.
A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), portadora de tetraplegia, afirma ter esperado duas horas para conseguir desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na noite desta quarta-feira (2). Segundo a assessoria de imprensa da deputada, ao chegar de Brasília em um avião da TAM, por volta das 21 horas, ela ficou dentro da aeronave à espera de um ambulift - veículo motorizado, com elevador, que transporta passageiros com deficiência em locomoção.
Em nota, a TAM informou que o voo JJ 3563 (Brasília – Guarulhos) chegou ao destino às 21h23 desta quarta-feira e ficou em uma posição “remota” porque não havia posições com fingers livres para realizar o desembarque dos passageiros. “Após o pouso, a TAM solicitou e aguardou a autorização para utilizar seu próprio ambulift para o desembarque da deputada Mara Cristina Gabrilli. Às 22h28, a passageira desembarcou com segurança e foi acompanhada até seu carro", diz a nota.
Segundo a deputada, que faz uso de uma cadeira de rodas, além da falta do equipamento, a aeronave não parou junto ao finger - túnel que leva os passageiros diretamente do avião ao terminal. "Queriam me carregar pelas escadas do avião, escorregadias, debaixo de muita chuva. Não aceitei e disse que não sairia do avião enquanto não houvesse segurança", disse a deputada.
Ainda, segundo Mara, teria ocorrido inclusive "pressão psicológica" para que ela descesse carregada. "Afirmaram que poderia levar mais de três horas até que um ambulift chegasse ao local, mas insisti que não desceria carregada", conta.
Para Mara Gabrilli, a situação atual é de total descaso com os passageiros que possuem deficiência. "Apenas o aeroporto de Brasília recebe 30 passageiros cadeirantes todas as noites. Segundo me contaram, a TAM desembarca, em média, seis cadeirantes por noite só em Guarulhos e estava com o ambulift quebrado há um mês e meio.
Na nota, a companhia aérea lamenta os transtornos causados à cliente e ressalta que mantém uma equipe treinada para transportar com segurança pessoas com mobilidade reduzida em seus aeroportos.